sábado, 6 de dezembro de 2014

GUERRA DOS DEUSES, REINADO DE ZEUS - CAPÍTULO 5

Crono e Zeus
No  teatro do  mundo,  o  cenário  está  montado.  Abriu-se  o  espaço, o  tempo passou, gerações vão  se  suceder.  Há  o mundo  subterrâneo, há  a  vasta terra,  as  ondas, o  rio  Oceano que cerca tudo isso  e,  lá em  cima,  um céu  fixo.  Assim como  a terra  é  um  local estável  para  os homens  e  os bichos,  também, no  alto,  o  céu  etéreo é  morada  segura  para  as  divindades. Os Titãs,  fihos  do Céu,  e que são  os  primeiros  deuses  propriamente  ditos,  têm, pois,  o  mundo  à  sua  disposição. Vão  se  instalar  bem  no  alto,  sobre  as  montanhas  da  terra,  ali onde também  se estabelecerá a  morada  estável  das  divindades menores,  como  as  Náiadas, Ninfas dos Bosques e  Ninfas  das  Montanhas. Cada  um  deles  se  instala onde pode agir.
Bem no  alto do  céu  encontram-se os  deuses  Titãs,  esses  a  que chamamos  de  Urânidas,  filhos de  Urano,  rapazes e moças.  À frente deles está  o  caçula, o mais  jovem dos  deuses,  que  é  astuto,  burlão, cruel.  É  Crono, que  não  hesitou em cortar  as  partes  sexuais  de seu pai.  Ao  ter  a ousadia desse gesto,  desbloqueou  o universo,  criou  o espaço, engendrou um  mundo  diferenciado, organizado.  Esse gesto positivo  também tem um aspecto sombrio, pois  ao  mesmo tempo  é uma falta pela  qual  ele terá de  pagar:  quando  se  retirou  para seu lugar  definitivo,  Urano  não  deixou  de  lançar contra  seus  filhos,  os  primeiros deuses  individualizados,  uma imprecação  que  se  realizará  e ficará  a  cargo das  Erínias,  nascidas  da  mutilação.  Um dia, Crono terá de  pagar  a  dívida com  as  Erínias vingadoras  de seu  pai.

Portanto,  é  Crono,  o  mais  moço  e  também  o  mais  audacioso filho  de  Gaia aquele que  emprestou  seu  braço  à  artimanha  da mãe  para  afastar  Céu  e  separa-lo  dela,  que  será  o  rei  dos deuses e  do  mundo.  Com  ele,  em  torno dele, estão os deuses  Titãs, inferiores mas  cúmplices.  Crono  os  libertou,  eles  são  seus  protegidos. Dos  abraços  de  Urano  e  Gaia, também haviam nascido  dois  trios de  personagens  que,  de  início,  estavam  bloqueados,  tal  como  seus irmãos Titãs, no  seio  de  Terra:  são os  três Ciclopes  e  os três  Cem- Braços.  O  que  acontece  com  eles?  Tudo  leva  a  crer  que  Crono,  esse deus  ciumento  e  malvado, sempre  à  espreita,  os  acorrentou, receoso de  que alguém  estivesse  tramando  um  golpe  baixo  contra ele.  Amarra  os  três  Ciclopes,  os  três  Cem-Braços,e  relega-os  ao mundo infernal.  Por  outro lado,  os  Titãs  e as  Titânidas vão  se  unir, Crono  a  uma  delas,  Rea.  Esta aparece  como  uma  espécie  de dublê  de  Gaia.  Rea  e  Gaia  são  duas forças  primordiais  próximas. No entanto,  algo  as diferencia:  Gaia  tem  um  nome transparente para qualquer  grego, pois  se  chama Terra e  é  a  terra; Rea,  por  sua vez, recebeu  um  nome  pessoal,  individualizado,  que  não encarna nenhum  elemento  natural.  Rea representa  um  aspecto  mais  antropomorfo, mais  humanizado,  mais  especializado do que  Gaia. Mas,  no fundo,  Gaia  e  Rea são  como  mãe  e  filha,  muito  próximas, semelhantes.
No  teatro do  mundo,  o  cenário  está  montado.  Abriu-se  o  espaço, o  tempo passou, gerações vão  se  suceder.  Há  o mundo  subterrâneo, há  a  vasta terra,  as  ondas, o  rio  Oceano que cerca tudo isso  e,  lá em  cima,  um céu  fixo.  Assim como  a terra  é  um  local estável  para  os homens  e  os bichos,  também, no  alto,  o  céu  etéreo é  morada  segura  para  as  divindades. Os Titãs,  fihos  do Céu,  e que são  os  primeiros  deuses  propriamente  ditos,  têm, pois,  o  mundo  à  sua  disposição. Vão  se  instalar  bem  no  alto,  sobre  as  montanhas  da  terra,  ali onde também  se estabelecerá a  morada  estável  das  divindades menores,  como  as  Náiadas,  Ninfas  dos Bosques  e  Ninfas  das  Montanhas.  Cada  um  deles  se  instala onde pode agir.
Bem no  alto do  céu  encontram-se os  deuses  Titãs,  esses  a  que chamamos  de  Urânidas,  filhos de  Urano,  rapazes e moças.  À frente deles está  o  caçula, o mais  jovem dos  deuses,  que  é  astuto,  burlão, cruel.  É  Crono, que  não  hesitou em cortar  as  partes  sexuais  de seu pai.  Ao  ter  a ousadia desse gesto,  desbloqueou  o universo,  criou  o espaço, engendrou um  mundo  diferenciado, organizado.  Esse gesto positivo  também tem um aspecto sombrio, pois  ao  mesmo tempo  é uma falta pela  qual  ele terá de  pagar:  quando  se  retirou  para seu lugar  definitivo,  Urano  não  deixou  de  lançar contra  seus  filhos,  os  primeiros deuses  individualizados,  uma imprecação  que  se  realizará  e ficará  a  cargo das  Erínias,  nascidas  da  mutilação.  Um dia, Crono terá de  pagar  a  dívida com  as  Erínias vingadoras  de seu  pai.
Rea
Portanto,  é  Crono,  o  mais  moço  e  também  o  mais  audacioso filho  de  Gaia - aquele que  emprestou  seu  braço  à  artimanha  da mãe  para  afastar  Céu  e  separa-lo  dela,  que  será  o  rei  dos deuses e  do  mundo.  Com  ele,  em  torno dele, estão os deuses  Titãs, inferiores mas  cúmplices.  Crono  os  libertou,  eles  são  seus  protegidos. Dos  abraços  de  Urano  e  Gaia, também haviam nascido  dois  trios de  personagens  que,  de  início,  estavam  bloqueados,  tal  como  seus irmãos Titãs, no  seio  de  Terra:  são os  três Ciclopes  e  os três  Cem- Braços.  O  que  acontece  com  eles?  Tudo  leva  a  crer  que  Crono,  esse deus  ciumento  e  malvado, sempre  à  espreita,  os  acorrentou, receoso de  que alguém  estivesse  tramando  um  golpe  baixo  contra ele.  Amarra  os  três  Ciclopes,  os  três  Cem-Braços, e  relega-os  ao mundo infernal.  Por  outro lado,  os  Titãs  e as  Titânidas vão  se  unir, Crono  a  uma  delas,  Rea.  Esta aparece  como  uma  espécie  de dublê  de  Gaia.  Rea  e  Gaia  são  duas forças  primordiais  próximas. No entanto,  algo  as diferencia:  Gaia  tem  um  nome transparente para qualquer  grego, pois  se  chama Terra e  é  a  terra; Rea,  por  sua vez, recebeu  um  nome  pessoal,  individualizado,  que  não encarna nenhum  elemento  natural.  Rea representa  um  aspecto  mais  antropomorfo, mais  humanizado,  mais  especializado do que  Gaia. Mas,  no fundo,  Gaia  e  Rea são  como  mãe  e  filha,  muito  próximas, semelhantes.


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